terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tão desejado exílio

Minha terra tem palmeiras
Onde estupram o sabiá
As aves, que aqui vivem
Não tem medo como lá

Confinado em sua gaiola
Esqueceu da liberdade
Entretido com sua granola
Fugindo da realidade

Uma espiada por entre as grades
E um suspiro de tristeza
Habituou-se tanto ao pouco
Que morreria na grandeza

Suspiro esse muito breve
Que logo mostra-se em vão
O sabiá volta à alegria
Já chegou o circo e o pão

A porta acima está aberta
Mas ele recusa-se a alcançar
conseguiria, ele, se lembrar
Que pássaros nascem para voar

Permita deus que eu morra
Sem que eu volte para lá

Bonilha.

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