domingo, 29 de agosto de 2010

Todo mundo pode escrever

Carlos Drummond de Andrade era farmacêutico. Não exercia, mas era farmacêutico. E ele escrevia. Escrevia extremamente bem. Um poeta, antes de tudo. Um farmacêutico, acima de qualquer outra função. Ele quem disse que as palavras estão lá, esperando. Congeladas. Paradas. E prontas. Prontas para serem usadas. Prontas para formarem frases, estrofes, rimas. Prontas para servirem a quem for. Escrever é isso. Usar as palavras, Convoca-las. Pedir a elas que expressem qualquer opinião. Qualquer dúvida. Revolta, ou sentimento. Escrever é sentir. Sentir que é necessário uma "voz" mesmo que muda e silênciosa, no caso de palavras escritas. Uma voz que grita alguma idéia. É sentir o mundo de dentro para fora e mostrar isso através de linhas rabiscadas. É sentir que os mais intímos medos e angustias podem ser compartilados com tinta, papel e mãos. Escrever é expressar. Se expressar. Carlos Drummond fazia isso. E eu também tento. E todos nós deveriamos tentar. Escrever é viver a realidade de uma forma mais intensa, mais real. Ou de uma forma surreal, dependendo de algumas mentes. Escrever é vida. Sentida mais fortemente ou fracamente. Mas mesmo assim sentida. Carlos Drummond fazia isso. E eu também tento. E todos nós também deveriamos tentar. Afinal, as palavras estão ai. Afinal também seremos farmacêuticos, e porque não, escritores.


Carolina R. Zambom - 1° ano FBI


Carolina R. Zambom - Turma 81 FBI

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