quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Terceiro Choro: Pelo monte ao amanhecer

A continuação do conto do Bar-rata ...



Terceiro Choro: Pelo monte ao amanhecer

"O homem superior pensa no seu caráter; o homem inferior pensa na sua posição. Ao primeiro preocupam as penalidades pelos erros, e ao segundo, os favores."

Textos Confucionistas

III:I

Levanta-te e toma tua mulher e filhas

Acorde, pois o cedo é tarde para o senhor

Tuas filhas não devem tardar pois há milhas

Tua mulher não deve tardar em se compor



Escapa por tua vida que em risco está

Não olhes para trás de ti e não pares em toda

A campina por onde está para acinzenta

Para que não pereças antes da boda



Boda da vitória do senhor bondoso

Festa da morte daqueles dessa cidade

Pessoas que homens diriam ascoroso



Escapa lá para o monte antes que seja tarde

O tempo se esgota e logo acaba a viagem

O solo da cidade irá por algo que arde








III:II


Eis que, agora, o teu servo tem achado graça

Engrandecestes tua misericórdia

Para guardar toda a minha fraca alma em raça

E em seu amor ser guardado sem ter algum dia



Mas não posso escapar no monte com o medo

Do mal me apanhar e me levar para fora

Desse mundo e a morte conhecer o segredo

E então conhecer a verdade aterradora



Afastarei como o pedido apressado

Para uma pequena cidade que é bem perto

Para que vivo fique e bem abençoado



Por ser refúgio de minha família

De Zoar a pequena cidade chamarei

E sairei da cidade com bem ervilha



E quando saiu o sol sobre a terra, entrei na cidade enquanto o fogo e enxofre do céu caíram sobre as cidades em que o bem era uma ervilha e o mal era grande.

Amigos mortos, familiares mortos, vizinhos mortos. Aquele senhor que bebia vinho e com felicidade contava da sua mocidade, morto. O rapaz que trazia o vinho de longe, morto.

E pelo calor da morte das cidades de fogo, minha mulher olha para trás, descumprindo o que os varões disseram, e em uma estatua de sal, ela se tornou.

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